sábado, 23 de agosto de 2014

Rondônia exporta madeira de florestas plantadas

O Governo de Rondônia, através da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) está fortalecendo o fomento às florestas plantadas a fim de garantir condições para que o Estado consolide alternativas  para o fornecimento de uma base florestal sustentável e uma importante matriz energética que irá atender demandas como a produção industrial, fonte de biomassa para geração de energia, a secagem de grãos, produção de goma-resina e outras atividades econômicas.

Os avanços no setor são significativos, basta aludirmos que no ano de 2013, a Coordenadoria de Florestas Plantadas liberou para comercialização o quantitativo de 53.993,8807 metros cúbicos de toras provenientes de florestas nativas como o pinho cuiabano e caroba, sem considerar as espécies exóticas plantadas como teca, pinus e eucaliptos.

As espécies exóticas, como eucalipto e teca atualmente apresentam plantios em áreas expressivas no Estado o que tem despertado interesse de empreendedores de outros países. Para se ter uma ideia da grandiosidade dos empreendimentos, somente uma empresa da Suécia já possui contratos firmados com um empresário de Rondônia que totalizam mais de 6 mil metros cúbicos de madeira de teca para serem comercializados nos próximos meses.

Até o fechamento do 1º semestre de 2014 todo este volume deverá ser exportado através do porto de Porto Velho, potencializando a hidrovia do rio Madeira, a qual constitui uma importante via de escoamento de produtos em Rondônia.

O Estado em breve consolidará um importante corredor de exportação para produtos madeireiros de florestas plantadas, através de seu porto na cidade de Porto Velho, pois apresenta características competitivas frente aos demais portos no País, como facilidade de acesso, reduzido tempo para descarga de caminhões, facilidades de transbordo, facilidades de alfandegamento e rápida conexão através de balsas para os navios que transportam para os Estados Unidos, Europa e Ásia, com embarques realizados nos portos de Manaus e Itacoatiara no vizinho Estado do Amazonas.

Conforme explicou o empresário Dário Lopes, da empresa BDX Florestas, Rondônia apresenta a melhor política pública para florestas plantadas da região Norte. Mecanismos institucionais criados pelo Governo do Estado, tais como o Decreto nº 15.933/2011 de 19/05/2011 e Instrução Normativa nº 01/Sedam de 30/05/2011 flexibilizaram e impulsionaram as atividades com as florestas plantadas ou de regeneração natural, tornando a legislação rondoniense uma vitrine para os empresários de países consumidores de madeira sustentável.

A secretária da Sedam, Nanci Maria Rodrigues, destacou que o planejamento estratégico da Secretaria almeja para o setor um aumento da área de florestas plantadas em Rondônia de 75% em três anos, a partir de 2014, sendo 15% no 1º ano; 25% no 2º ano; e crescimento de 35% no 3º ano de execução da política pública. Tal meta além de contribuir com a oferta legal de madeira, cumprirá com a função ambiental de sequestro do carbono e com a importante missão de zerar o desmatamento ilegal.

“A produção de florestas plantadas é uma atividade altamente lucrativa e vem ampliando a base produtiva rural impulsionando a economia do Estado de Rondônia. O plantio de árvores para fins comerciais é um excelente negócio e o mais importante: é sustentável, porque beneficia aspectos econômicos, sociais e ambientais, contribuindo decisivamente para redução da pressão sobre as florestas nativas”, acrescentou Nanci Rodrigues.

Para o engenheiro florestal Edgard Menezes Cardoso, coordenador do Florestas Plantadas  “não podemos deixar de mencionar os importantes papeis desempenhados durante os últimos anos pela Arflora – Associação Rondoniense dos Produtores de Florestas Plantadas e da Aref – Associação Rondoniense dos Engenheiros Florestais, que também trabalharam pela criação e fortalecimento do setor em Rondônia.



Publicado em 31 de março de 2014 - 

Autor: Marilza Rocha - Sedam
http://www.soemrondonia.com.br/2014/03/rondonia-exporta-madeira-de-florestas-plantadas.html

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Teca (Tectona Grandis)



Tectona grandis, também chamada comercialmente de teca, teak ou djati, é uma espécie de árvores de madeira de densidade média, com marcantes características que a vocacionam para a construção naval, especialmente, no que diz respeito à durabilidade (devido a presença de oleosidade e sílica), coeficiente de retratilidade baixo e relativa leveza, prestando-se, de forma insubstituível, à forração de conveses. Pertencente à família das verbenáceas, é nativa da Ásia, mais precisamente das florestas tropicais de monção do sudeste asiático (Índia, Myanmar, Tailândia e Laos).  Uma árvore de grande porte e grande importância econômica em todo o mundo por sua madeira de qualidade, de cor clara e duradoura.

Em razão da grande demanda, especificamente para construção naval, a teca situa-se dentre as madeiras prediletas para o reflorestamento, encontrando-se cultivos espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil, embora seja mais abundante na Índia, na Birmânia e na Indonésia.

Historia
Os primeiros indícios da teca datam do ano 1495, quando foram encontrados na costa da ilha de Tilos, Grécia, destroços de navios, sugerindo que sua madeira é utilizada há séculos para construção naval.
A primeira plantação de Teca foi no Sri Lanka no final do século XVII. A Nigéria foi o primeiro país, fora do continente asiático, em que a Teca foi introduzida (1902). Em seguida, Gana em 1905 e Costa do Marfim em 1929.‡ Na América os primeiros países a receberem a espécie foram Trinidad e Panamá, em 1913. A Costa Rica recebeu as primeiras plantações no final da década de 20 do século XX.
No Brasil, a primeira experiência aconteceu em Rio Claro, São Paulo e no Rio de Janeiro, no início do século XX. As primeiras plantações comerciais foram promovidas pela Cáceres Florestal S.A., no município de Cáceres, Mato Grosso.

Descrição da árvore
A teca é uma árvore decídua, caducifólia, que perde suas folhas durante o inverno, no período de repouso vegetativo. É uma árvore de grande porte, com até 2,50 metros de diâmetro e 50 metros de altura. É uma espécie de hábito pioneiro, ou seja, ocupa com velocidade as clareiras abertas na floresta. É também uma planta heliófila, isto é, que exige plena exposição à luz do sol, não tolerando qualquer forma de sombreamento. A casca (ritidoma) tem a cor cinza ou marrom e, embora relativamente fino (cerca de 15 mm), parece ser isolante térmico, pois tem resistência ao fogo. Seu crescimento inicial em altura é muito rápido, chegando aos três metros no primeiro ano e aos cinco metros, ou mais, no segundo.
A Teca possui folhas grandes, arredondadas e membranosas medindo, medindo em média, em média, 30 a 40 centímetros de comprimento por 25 centímetros de largura. No entanto, nos indivíduos mais jovens, com até 3 anos deidade, as folhas podem atingir o dobro dessas dimensões . Suas flores são pequenas e ordenadas em panícula .
As inflorescências aparecem de junho a setembro e os frutos amadurecem entre 3 e 22 meses depois. A polinização é feita por insetos (zoocoria) e cruzada, ou seja, uma planta só é polinizada por outro indivíduo, com auto - incompatibilidade elevada. As sementes resultantes da autopolinização podem ocorrer, porém, apresentam baixo poder germinativo, quando comparadas com sementes oriundas de polinização cruzada.
As flores se abrem poucas horas depois do amanhecer e o melhor período para a polinização ocorre entre as 11h30 e 13h. Os frutos da Teca são drupas de coloração castanho-claro e são envoltos num cálice membranoso, Os frutos chegam a 1000 a 1500 por árvore e quando estão maduros aos poucos vão caindo na próxima estação seca, cobertos por uma camada marrom espessa e medem 1,2 centímetro de diâmetro aproximadamente 

Descrição da madeira

A madeira da Teca mostra facilidade de secagem e estabilidade dimensional, possui fibras retas, uma textura mediana e oleosa ao tato, e uma fragrância suave depois de seca. A secagem a céu aberto (com pouca exposição ao sol) é rápida e satisfatória. Apresenta um alburno amarelado ou esbranquiçado, geralmente delgado, contrastando com o cerne que é castanho-amarelo-dourado. 

Podem ser observados anéis de crescimento nítidos e diferenciados nos cortes transversais. Além da construção naval, a madeira se presta à fabricação de móveis, estruturas, pisos, peças torneadas, chapas, painéis, postes e dormentes, por apresentar resistência à ação do sol, calor, frio, água de chuva e do mar. Também é uma madeira facilmente trabalhada. Em propriedades rurais, as árvores adultas, com mais de 20 anos, podem ser empregadas nas atividades agropecuárias como mourões, estacas, postes, palanques, etc. pois elas apresentam cerne com propriedades similares às melhores espécies para mourões, tais como aroeira, maçaranduba, itaúba, candeia, dentre outras. 

Florestas Plantadas o Futuro da Humanidade

Sabemos que as árvores são recursos naturais renováveis podendo ser replantadas, no entanto quando tratamos de matas nativas o replantio muitas vezes não recupera a mata original e o bioma que estava ali presenta não é o mesmo, perdendo o habitat natural de seres vivos. A proposta é investir e conscientizar a população para o plantio comercial, que por sua vez servirá para a manutenção das necessidades comerciais sem prejudicar a natureza.  A utilização de madeira na vida dos humanos é conhecida deste os primórdios da civilização e a necessidade destes materiais tornou se indispensável. Uma vez que precisamos de madeira para o conforto de nossa civilização devemos estudar maneiras de não acabar o recurso natural que apesar de renovável é limitado e pode vir a acabar se não for mantido corretamente.


Os plantios comerciais vêm como a melhor opção para preservação das matas nativas e suprir a demanda comercial, tornando se uma proposta sustentável e socioeconômica. Na parte sustentável trabalhamos com o conceito de que sustentabilidade é suprir a demanda atual sem prejudicar as gerações que estão por vir para que estas possam suprir a suas demandas, os plantios se encaixam perfeitamente no conceito. Já na questão socioeconômica levamos em consideração que as famílias plantam e vendes as árvores tornando se assim um negocio rentável (econômico) e incentivamos a preservação das árvores nativas e a melhoria da qualidade de vida da população (social). Isso sem discutir outros benefícios das florestas plantadas como captação de gás carbônico, produção de oxigênio, recuperação e áreas degradadas, utilização de áreas já desmatadas, proteção do solo, manutenção da fauna entre outros. As vantagens dos plantios comerciais são inúmeras e pode se dizer que elas são o futuro da humanidade moderna.